No momento atual, Titã é o único corpo celeste conhecido no sistema solar, além da Terra, que possui reservatórios líquidos em sua superfície. Durante 12 anos de trabalho na órbita de Saturno, a nave espacial Cassini e a sonda Huygens descobriram dezenas de lagos, rios e mares em Titã, também esclareceram vários processos atmosféricos que regem a formação e destruição dos lagos e rios.
A composição química destes lagos era desconhecida até 2014, quando cientistas estimaram pela primeira vez a composição dos lagos com ajuda da sonda Cassini. Soube-se que eles são constituídos principalmente por metano, mas os cientistas propuseram que nestes lagos também houvesse butano, etano e outros hidrocarbonetos.
Esses dados recebidos indicam outra coisa muito estranha — revelou-se que há varias quantidades de etano, metano e outros elementos em diferentes lugares. Tais variações, opina Malaska, significam que essas estruturas que antes eram consideradas ilhas por cientistas, possuem um caráter exótico.
Os planetólogos da NASA afirmam que, na verdade, essas ilhas não representam terra firme, mas são ‘fontes' de bolhas de azoto vindas das profundezas dos mares de Titã. Os cientistas apontam que elas surgem porque o metano é misturado com etano em resultado das chuvas ou degelo que ocorrem no fundo dos mares.
Os cientistas realizaram alguns experimentos no laboratório análogo aos mares do satélite de Saturno e descobriram que moléculas de azoto rapidamente perdem a capacidade de dissolver-se em uma mistura de metano e etano, pois se separam do líquido e assumem o formato de bolhas.
Além disso, devido ao fato de que há chuvas e ciclos de tempo em Titã, é provável que tais "fontes" possam surgir sempre nas águas de Titã bolhas que sobem muito rápido à superfície dos seus mares e que provavelmente foram vistas pela sonda Cassini no decurso de voos anteriores perto de Titã.
Segundo os cientistas, será fundamental conseguir se proteger de tais "emissões" para realizar missões futuras a Titã.