"Na minha opinião, isto é mais uma manobra de publicidade para fundamentar o financiamento do rearmamento nuclear dos EUA, para a modernização ou criação de novos tipos de armas nucleares. Agora há uma luta pela soma de 200 a 400 bilhões de dólares. Entretanto, o novo presidente norte-americano está declarando coisas contraditórias: uma vez ele propõe limitar as armas estratégicas, outra vez diz que quer gastar mais nas armas nucleares", acrescentou à Sputnik Japão Vladimir Evseev, analista militar russo, vice-chefe do Instituto dos Países da antiga União Soviética.
Undermining stability: New fuzing system for US sub-based nuclear missiles makes them far more lethal https://t.co/M9aUV1CfEu
— BulletinOfTheAtomic (@BulletinAtomic) 15 de março de 2017
Segundo os analistas norte-americanos, a modernização dos propulsores nucleares aumentou as capacidades dos EUA de realizarem um ataque contra alvos estratégicos bem protegidos. Se trata dos propulsores dos mísseis Trident II MC4700.
"Agora é difícil alcançar qualquer salto qualitativo e qualquer supremacia, porque já foi feito demasiado neste domínio. Não posso dizer nada sobre a China, mas a Rússia, ainda nos tempos soviéticos, já tinha elaborado variantes análogas de explosão [do elemento nuclear]", adiantou Vladimir Evseev.
Segundo ele, o reforço de tais ogivas vai levar a medidas de resposta por parte da Rússia e a própria ideia de supremacia encerra uma tendência perigosa. O analista russo acredita que a guerra com base em um "primeiro ataque preventivo" não pode ser realizada na prática.
Bulletin of the Atomic Scientists: Breaking News: Lethal increases in US nuclear forces https://t.co/Jt9LHpiZhZ
— Richard J. Campbell (@asytactrain) 2 de março de 2017
"Mas se os EUA estão revisando a realização de um golpe preventivo, surge uma questão. Será que os mísseis russos só estão baseados em silos? Existem também bases móveis", disse Evseev, acrescentando que existem sistemas móveis Topol e Yars e o sistema ferroviário de mísseis Barguzin e os submarinos Borei.
Os autores do artigo chegam à conclusão que "a capacidade crescente dos EUA de levar a cabo um golpe nuclear preventivo desestabiliza a situação e cria condições perigosas".