"Recentemente, alguns meios de comunicação estrangeiros têm espalhado rumores sobre um acordo entre a Rússia e o Ocidente sobre a Criméia em troca do levantamento das sanções. Esta é uma fabricação completa", Matvienko postou em seu blog no site do Conselho da Federação.
Matvienko observou que a postura de alguns parceiros estrangeiros sobre a questão da Crimeia mudou de rejeição para uma tentativa de descobrir o que realmente aconteceu, ressaltando que a visita feita por legisladores franceses à península em 2015 e 2016 contribuiu para essa mudança.
Ela também enfatizou que é inevitável que os resultados do referendo, realizado na Crimeia em março de 2014, tenham reconhecimento internacional. O referendo aconteceu um mês depois que o golpe de Estado na Ucrânia em 2014 e Kiev ainda considera a Crimeia parte da Ucrânia, apesar do fato de que a esmagadora maioria da população, 96,77%, votou para se juntar à Rússia.
Após a reunificação da Rússia e da Crimeia, Bruxelas e Washington impuseram várias sanções à Rússia sobre a suposta intromissão do Estado no conflito ucraniano, apesar do fato de que a Rússia tem repetidamente refutado as alegações. Na quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que qualquer acordo na Crimeia em troca do cancelamento das sanções ocidentais estava "fora da mesa" quando questionado sobre essa possibilidade.