Os especialistas acreditam que a peça de cerâmica encontrada, uma 'cabeça' masculina, poderia ser o fragmento de uma estátua de uma antiga divindade grega. O achado é considerado único na costa norte do mar Negro, já que peças análogas nunca apareceram anteriormente na região.
Agora serão realizados estudos para determinar a composição da argila do objeto arqueológico. Também será analisado por especialistas em arte grega antiga, com o objetivo de determinar sua função, origem e datação.
"Acreditamos que a cabeça de terracota vem da Ásia Menor e data do século V antes de Cristo", afirmou Sergei Olkhovsky, chefe da unidade subaquática do Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências.
A pesquisa arqueológica subaquática na baía de Kerch começou já na etapa de projeto da ponte da Crimeia. Ao longo dos últimos dois anos, as escavações em grande escala realizadas na região levaram a que aparecessem mais de 60.000 peças. Os achados são, em sua maioria, fragmentos de potes de cerâmica criados no Mediterrâneo e da Ásia Menor, entre os séculos V e III a.C.
As explorações arqueológicas na baía de Kerch, estão sendo realizadas manualmente para reduzir o risco de danos aos achados mais antigos, valiosos e frágeis. Só depois de concluir as escavações arqueológicas será autorizada a construção e instalação das partes da ponte da Crimeia.