De acordo com Michel Temer, a reforma das previdências estaduais serão de responsabilidade dos governos de cada estado.
"Fazer a Reforma da Previdência apenas referentemente aos servidores federais, ficando por conta dos estados e naturalmente dos municípios, que tem também seus sistemas previdenciários, a edição de normas relativas a essa matéria."
Com os protestos pelo país, os parlamentares temiam a reação dos eleitores nos estados ao apoiar a proposta original do governo. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a mudança no texto atende a pedidos de deputados e senadores. Maia acredita que agora ficará mais fácil aprovar a proposta.
"Uma demanda de muitos parlamentares da Câmara e do Senado. Todos os estados entendiam que esse debate dos servidores estaduais não deveria estar na reforma da Previdência. Vai facilitar muito a aprovação da reforma da Previdência. Eu acho que tira 70% da pressão que estava sendo recebida você tira da reforma da Previdência. Uma pressão que não era necessária."
A oposição admite que houve um recuo do governo ao retirar os servidores estaduais da reforma. A deputada Alice Portugal, líder do PC do B na Câmara afirmou que a oposição vai continuar trabalhando contra a proposta, pedindo o apoio das classes excluídas na luta contra a reforma. "Nós vamos pedir a solidariedade desses setores excluídos dessa reforma e continuar lutando para que ela não viceje e seja retirada de preferência, porque é de fato prejudicial a essa matéria fina que é a Previdência Social."
Os servidores estaduais e municipais se juntam aos militares das Forças Armadas, bombeiros e policiais militares que já estavam excluídos do texto original da reforma da Previdência proposta pelo governo Temer.