"A grande descoberta desta investigação foi ter encontrado a primeira evidência geológica inequívoca que confirma a ideia de que o Sistema Solar é caótico", disse Meyers à revista.
Falando sobre a qualidade caótica do sistema, Meyers usa o sentido matemático da palavra, segundo o qual o futuro de um sistema complexo é fortemente dependente das condições iniciais. Assim, uma mudança ocasional nas órbitas dos planetas pode ser causada por uma interação mal determinada entre corpos no Sistema Solar.
"Isso é também conhecido como efeito borboleta. É exatamente o mesmo fenômeno. A ideia de que uma borboleta voando sobre o Oceano Índico poderia influenciar padrões climáticos na América do Norte uma semana depois," explica Meyers.
De acordo com a revista, durante os últimos 50 milhões de anos a órbita mudou de forma em cada 2,4 milhões de anos, o que levou ao mesmo tempo a alterações climáticas. Entretanto, a equipe de Meyers examinou as rochas do Colorado e concluiu que cerca de 85 milhões de anos atrás, esse período foi de 1,2 milhões de anos. Segundo os cientistas, tal está ligado à interação entre a Terra e Marte, o que é caraterístico de um sistema caótico.
Segundo Meyers, uma das consequências possíveis é a colisão de Marte com a Terra, embora a probabilidade de isso acontecer não seja grande.