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Estatísticas e superstições podem decretar o fracasso do Brasil na Copa da Rússia?

© Nelson ALMEIDATite conversa com jogadores da seleção brasileira durante treino em São Paulo
Tite conversa com jogadores da seleção brasileira durante treino em São Paulo - Sputnik Brasil
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Com 27 pontos conquistados em 12 jogos disputados, o Brasil está perto de fazer uma de suas melhores campanhas — talvez a melhor — na história das eliminatórias para uma Copa do Mundo. Ótimo? Não necessariamente. Entre estatísticas e superstições, alguns torcedores prefeririam uma classificação mais sofrida para o Mundial da Rússia. Saiba por que.

A equipe comandada por Adenor Leonardo Bachi, o famoso Tite, lidera a tabela das eliminatórias sul-americanas com oito vitórias, três empates e apenas uma derrota. Além disso, tem o melhor ataque da competição, com 28 gols marcados, e a melhor defesa: apenas nove sofridos. Só não tem o artilheiro, que é o uruguaio Edinson Cavani, com 8 gols, três a mais do que o menino Jesus, Gabriel Jesus. Mesmo quem não entende de futebol não tem problemas para perceber que, depois de um início complicado, o Brasil já está praticamente voando para a Rússia, onde sonha conquistar o seu sexto título mundial.

Seleção faz treino no Estádio Centenário em Montevidéu - Sputnik Brasil
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Brasil enfrenta Uruguai e pode ter vaga antecipada para a Copa do Mundo na Rússia em 2018

O atual formato de disputas por uma vaga na Copa está em vigor na América do Sul desde 1998. Com todos os times se enfrentando em jogos de ida e volta para que os quatro primeiros se classifiquem direto enquanto o quinto colocado disputa uma repescagem. No entanto, em 1998 e 2014, os brasileiros não precisaram brigar por vaga, pois já estavam garantidos por serem os campeões da edição anterior e por sediarem o evento, respectivamente.

Nas eliminatórias de 2002, lembrando a emoção de 1994, quando definiu só na última partida a sua classificação, o Brasil passou sufoco para garantir sua participação no Mundial. Inspirado nos passos do baixinho Romário, que, em 19 de setembro de 1993, liderou a seleção na vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai, carimbando o passaporte canarinho para a Copa dos Estados Unidos, o atacante Luizão, menos badalado, foi quem chamou a responsabilidade para si no jogo que decidiria o futuro do Brasil naquele 14 de novembro de 2001. Certamente um dos melhores em sua posição na época, o jogador marcou dois gols no 3 a 0 sobre a Venezuela, válido pela 18ª e última rodada daquelas eliminatórias. Com uma campanha praticamente ridícula para uma seleção tetracampeã, o Brasil, muito questionado, se classificou apenas na terceira colocação, com nove vitórias, três empates e seis derrotas, para o Mundial da Coreia do Sul e do Japão. Mas e o resultado? Pois é...

Em 2006 e 2010, a equipe brasileira não teve dificuldades para se classificar para a Copa, garantindo o primeiro lugar da chave sul-americana, com 34 pontos, nessas duas edições, sob o comando de Carlos Alberto Parreira e Dunga. Lembram o que aconteceu?

Lembram?

Nesta noite, a seleção enfrenta o Uruguai, segundo colocado nas eliminatórias, às 20h, no Estádio Centenário, de Montevidéu, com chances de manter a belíssima e vitoriosa campanha da era Tite e encaminhar a sua classificação para o Mundial da Rússia, no ano que vem. E aí, vai torcer para o Brasil tropeçar e passar no sufoco, repetindo 1994 e 2002? Ou acredita que a seleção está pronta para mudar esse histórico, se classificar com folga e voltar com a taça da Rússia?

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