A al-Qaeda, por meio do grupo terrorista do Magrebe (proscrito na Rússia), está se expandindo silenciosamente no norte da África por meio da fusão com grupos terroristas locais, num momento em que a atenção global se concentra em derrotar o Daesh no Oriente Médio, segundo um relatório de inteligência da consultoria privada Soufan Group divulgado nesta sexta-feira.
"A consolidação dos grupos extremistas do Sahel em uma franquia existente da Al-Qaeda deixa claro que este modelo continua altamente bem sucedido para a Al-Qaeda", afirmou o relatório.
O relatório citou uma declaração em vídeo de 2 de março de líderes de vários grupos terroristas norte-africanos proeminentes que se comprometem com o líder central da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, e com a liderança do Magreb, Abu Musab Abdel Wadoud.
A fusão também destaca a capacidade da Al-Qaeda de navegar nas complexas dinâmicas tribais e étnicas dos grupos militantes locais, enquanto pacientemente constrói relações baseadas no apoio mútuo — um dos princípios duradouros da ideologia de Osama bin Laden, explicou o relatório.
Na região do Sahel, que separa o deserto do Saara do resto da África, os grupos militantes islâmicos tendem a se formar em torno de identidades tribais ou étnicas compartilhadas, observou o relatório.