"Somente no último mês, 106 civis foram mortos, principalmente por ataques aéreos e bombardeios de navios de guerra da Coalizão", disse a declaração divulgada pelo Escritório, acrescentando que um certo número de refugiados somalis estava entre as vítimas.
"As mortes violentas de refugiados fugindo de outra guerra, de pescadores, de famílias em mercados — é o que o conflito no Iêmen mostra dois anos depois de ter começado; Completamente terrível, com pouca aparência de vidas civis e infraestrutura", disse o príncipe Zeid Bin Raad, o Alto Comissário para os Direitos Humanos, como citado na declaração.
Zeid também pediu a criação de uma investigação internacional independente sobre os numerosos relatos de graves violações de direitos humanos no Iêmen, salientando que os responsáveis por milhares de mortes de civis no Iêmen não devem "gozar de total impunidade".
A guerra civil do Iêmen se arrasta desde 2015 entre o governo internacionalmente reconhecido do presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi e o movimento houthi apoiado por unidades do exército leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh. Pouco depois do início do conflito, a coalizão saudita dos países árabes lançou a Operação Tempestade Decisiva, que desde então tem feito ataques aéreos contra os houthis a pedido de Hadi.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU adverte que o número real de civis mortos no conflito pode ser "consideravelmente maior".