O projeto, porém, voltou com força total no fim do ano passado, quando Leida recebeu a doação de mais de mil livros. A vontade de ressuscitar a biblioteca surgiu de imediato e não demorou muito, três comerciantes toparam ajudá-la.
"No bar, por incrível que pareça, foi muito fácil porque quando a Mercearioteca acabou, nós deixamos os antigos livros lá. Como não tínhamos interesse em continuar com o projeto naquela época, colocamos os livros em cima das mesas e os clientes levaram para casa. A reação das foi muito boa e eu resolvi conversar com outros proprietários. Fui em um sacolão que sou cliente e para minha surpresa, ficaram muito animados. Depois procuramos uma lanchonete de um amigo antigo nosso e abraçou o projeto de imediato", relembra a jornalista.
A cena tem se repetido com crianças que, encantadas com as capas das obras, tem se tornado assíduas nos espaços onde as estantes estão espalhadas.
"Muitas pessoas chegam já tendo ouvido falar de alguns títulos que estão ali, demonstram interesses. As crianças estão pegando muito, muitas vezes motivadas pelos pais. Há crianças que não estão habituadas com a leitura e os comerciantes oferecem para elas. É uma oportunidade para quem não considera o livro uma opção de lazer e conhecimento".
A novidade fez tanto sucesso que já começa a trilhar caminho para além do bairro onde nasceu. Três novos estabelecimentos entraram em contato com Leida e se interessaram em receber os livros, dois deles fora do Padre Eustáquio. A jornalista está recebendo doações de livros (sobretudo infantis). Os interessados podem entrar em contato pela página do projeto no Facebook ou pelo e-mail leida@paginaseditora.com.br