A maior polêmica foi provocada por um infográfico sobre as qualidades das mulheres eslavas, onde se dizia que elas estão prontas a perdoar adultérios, são acostumadas desde a infância a fazer trabalhos em casa e a ter sempre uma aparência impecável.
A Sputnik Itália se dirigiu a Gianni Bandiera, autor dos livros "Como se Casar com uma Russa e Viver Feliz para Sempre" e "Bonita, Brava…Russa" para saber, como é possível tal posição sexista em um país tão civilizado como a Itália.
O escritor considera que isto é ligado ao fato de que o canal Rai não tentou encontrar especialistas em este assunto e, como sempre, convidou pessoas que falam de vários assuntos, mas não tem conhecimento em um tema tão especial.
"Teria sido melhor se me tivessem chamado como um dos poucos especialistas em este assunto. Em vez disso, eles preferiram se limitar aos estereótipos e ao que todos falam e não quiseram estudar o tema", diz Gianni Bandiera.
Falando sobre a razão de tal preferência dos homens italianos, o escritor explica que tudo é por causa de as mulheres eslavas não terem necessidade de lutar pelos seus direitos, por isso eles continuam femininas. Sempre há escolha, considera Gianni Bandiera, escolha entre a feminilidade e o desejo de se concentrar no crescimento pessoal.
"A culpa dessa confusão é dos homens", assegura o escritor.
"Que pesquisas realizaram os produtores do programa? Por que escreveram coisas que não coincidem de maneira nenhuma com a realidade?" surpreende-se autor.
Nos seus livros o autor critica tanto mulheres eslavas, quanto as italianas. Sua ideia é de pegar as melhores qualidades das ambas as culturas para criar um tipo de híbrido.
"Todos dizem que ele [o programa do Rai] é criticável porque foi feito por pessoas ignorantes, sem a menor noção sobre o assunto", confessa Gianni Bandiera.
Comentando a questão do surgimento de tal assunto no canal estatal, o escritor italiano explicou que, do seu ponto de vista, o programa Falemos no Sábado sempre foi politizado, e este escândalo o comprovou mais uma vez: o canal apresentou desculpas apenas depois de acontecer uma "revolução" nas redes sociais.