Em 1938, o próprio Adolf Hitler presenciou o lançamento à água do cruzador no porto de Kiel, na costa do mar Báltico. O barco foi batizado como Prinz Eugen em homenagem ao príncipe Eugenio Francisco de Saboya que derrotou o Império Otomano na batalha de 1697.
Já em 1941, em plena Segunda Guerra Mundial, junto com navio couraçado Bismark, o cruzador Prinz Eugen saiu para as águas do Atlântico, de onde pretendia atacar os navios mercantes britânicos.
O 'barco bem-aventurado' da segunda Guerra Mundial
A guerra não foi fácil para o Prinz Eugen, pertencente na época à Alemanha nazista, já que em mais de uma ocasião teve que fazer frente a ataques aéreos e marítimos, que, porém, nunca conseguiram destruí-lo.
Após a derrota de Hitler, o barco foi sorteado entre os países vencedores do conflito e acabou passando para as mãos dos EUA.
Para a surpresa dos militares americanos, alguns dos sistemas da embarcação alemã eram altamente avançados. Entretanto, os Estados Unidos tinham planos mais macabros para o Prinz Eugen…
Resistir à bomba atômica
Em 1946, o cruzador devia realizar sua última viagem. O destino final da embarcação era o atol Bikini, nas Ilhas Marshall, o lugar preferido dos EUA para os ensaios nucleares.
Assim, em 1 de junho de 1946, uma bomba Gilda de 23 mil toneladas explodiu sobre uma frota de navios de treinamento, entre eles o cruzador Prinz Eugen.
O Prinz Eugen, contaminado com radiatividade, foi rebocado até o atol Kwajalein, onde os EUA queriam estudar os impactos da radiação no navio.
Porém, nos finais deste mesmo ano, a embarcação começou a se partir, e apesar das tentativas de salvá-la, foi engolida pelas águas em 22 de dezembro de 1946.
Hoje em dia, embora os níveis de radiação do navio tenham diminuído, o Prinz Eugen ainda oculta um perigo latente: os 3 milhões de litros de combustível que permanecem em seus depósitos representam uma ameaça séria para a humanidade e para o meio ambiente na zona do naufrágio.