"As evidências recolhidas em Mossul oriental apontam para um padrão alarmante dos ataques aéreos da coalizão, liderada pelos EUA, que destruíram casas inteiras com famílias dentro. O alto número de civis mortos sugere que as forças da coalizão que lideram a ofensiva em Mossul não tomaram as precauções adequadas para prevenir as fatalidades, em flagrante violação do direito internacional humanitário", disse Donatella Rovera, consultora de crise da Anistia Internacional.
Ela pediu ao governo iraquiano e à coalizão liderada pelos EUA que lancem uma investigação sobre ataques "desproporcionais" e "indiscriminados" que resultaram em "terrível número de mortos civis".
Na quinta-feira passada, a mídia relatou a morte de pelo menos 200 pessoas, muitas das quais civis, durante um ataque aéreo na cidade.
A ONU estima que 180 mil civis tenham escapado do oeste de Mosul desde meados de fevereiro. Mais de 320 mil pessoas devem fugir nas próximas semanas, enquanto as forças governamentais continuam avançando para a Cidade Velha.