A despeito das observações positivas do presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker sobre o futuro da UE, a chanceler alemã Angela Merkel, por seu lado, assinalou numa entrevista ao portal de notícias italiano Rai que a UE "não fez tudo bem" na sua política migratória e econômica e que várias questões importantes devem ser resolvidas.
O presidente do Conselho Europeu Donald Tusk e o presidente do Parlamento Europeu Antonio Tajani estão de acordo com Merkel, dizendo que a UE é uma organização "ineficaz e muito burocrática".
"Não estamos cansados da Europa, mas queremos que trabalhe melhor", disse Tajani sobre a UE.
De acordo com Martynov, a nova declaração assinada pela União este ano não contém "nenhuma resposta clara ou um meio de resolver os problemas importantes".
O especialista também sublinhou que a União Europeia tem problemas com a segurança nacional e com o Acordo de Schengen que agora, segundo Martynov, "está em perigo sério".
"Parece que os europeus vão desistir dele [Acordo de Schengen] sob pressão dos problemas migratórios e vão construir muitos muros. O colapso do Acordo de Schengen será o primeiro passo para o colapso de toda a União Europeia, porque a filosofia da UE é construída em torno da chamada abertura", disse Martynov.
O analista político italiano Raffaele Marchetti, por seu lado, disse à Sputnik Itália que "a falta de integração plena foi causada, por exemplo, pela crise migratória que se tornou um dos pontos fracos da UE".
Marchetti também apela à criação de uma "Europa a duas velocidades", que ajudará a resolver os problemas de insuficiente integração dos países com nível de desenvolvimento mais baixo.
O Tratado de Roma marcou o início de todo o projeto da União Europeia. O tratado foi assinado em 25 de março de 1957 pela França, Bélgica, Itália, Luxemburgo, Holanda e Alemanha Ocidental.