À beira do colapso: UE não dá 'respostas claras' a seus erros

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Apesar da assinatura de uma declaração sobre as prioridades pós-Brexit na cúpula festiva de aniversário da UE na semana passada, a maioria dos especialistas adverte que a União agora está enfrentando o mais grave desafio de toda a sua história.

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No sábado, a nova declaração comemorativa do Tratado de Roma de 1957, que serviu de base para fundação da União Europeia, foi assinada pelos 27 países-membros da UE durante uma cúpula festiva na capital da Itália.

A despeito das observações positivas do presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker sobre o futuro da UE, a chanceler alemã Angela Merkel, por seu lado, assinalou numa entrevista ao portal de notícias italiano Rai que a UE "não fez tudo bem" na sua política migratória e econômica e que várias questões importantes devem ser resolvidas.

O presidente do Conselho Europeu Donald Tusk e o presidente do Parlamento Europeu Antonio Tajani estão de acordo com Merkel, dizendo que a UE é uma organização "ineficaz e muito burocrática".

"Não estamos cansados da Europa, mas queremos que trabalhe melhor", disse Tajani sobre a UE.

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Numa entrevista ao jornal online Vzglyad, o analista político russo Aleksei Martynov disse que a Europa viveu sob protetorado dos EUA durante os últimos mais de 20 anos, mas por causa de uma série de falhos estratégicos da administração de Barack Obama, o projeto fracassou. Segundo o especialista, a Grã-Bretanha percebeu isto e foi mesmo por isso que decidiu sair da UE.

De acordo com Martynov, a nova declaração assinada pela União este ano não contém "nenhuma resposta clara ou um meio de resolver os problemas importantes".

O especialista também sublinhou que a União Europeia tem problemas com a segurança nacional e com o Acordo de Schengen que agora, segundo Martynov, "está em perigo sério".

"Parece que os europeus vão desistir dele [Acordo de Schengen] sob pressão dos problemas migratórios e vão construir muitos muros. O colapso do Acordo de Schengen será o primeiro passo para o colapso de toda a União Europeia, porque a filosofia da UE é construída em torno da chamada abertura", disse Martynov.

O analista político italiano Raffaele Marchetti, por seu lado, disse à Sputnik Itália que "a falta de integração plena foi causada, por exemplo, pela crise migratória que se tornou um dos pontos fracos da UE".

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De acordo com ele, "não foi desenvolvido um sistema unificado de gestão de fluxos de migrantes e sua distribuição", disse.

Marchetti também apela à criação de uma "Europa a duas velocidades", que ajudará a resolver os problemas de insuficiente integração dos países com nível de desenvolvimento mais baixo.

O Tratado de Roma marcou o início de todo o projeto da União Europeia. O tratado foi assinado em 25 de março de 1957 pela França, Bélgica, Itália, Luxemburgo, Holanda e Alemanha Ocidental.

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