Mais cedo, os especialistas do Centro de Pesquisas RAND dos EUA publicaram um documento sob o título "Entendendo a 'guerra híbrida' russa e o que pode ser feito com isso" ("Understanding Russian 'Hybrid Warfare' And What Can Be Done About It") onde o think tank enumera as chamadas "operações informativas" como as primeiras na lista de instrumentos usados pela Rússia para influenciar a situação política em outros países.
O RT e a Sputnik foram especialmente mencionados no documento, que reclamou que as emissoras são uma parte da operação multicanal realizada para "turvar as águas" e lançar dúvidas sobre a "verdade objetiva".
"O RT fica em algum lugar entre o Topol-M e o Iskander [mísseis balísticos] na lista de fobias de que sofre o Ocidente. A proposta de nos fecharem em caso de guerra fez o meu dia", declarou Margarita Simonyan comentando a pesquisa.
Anteriormente, a inteligência norte-americana tinha dedicado à Sputnik e ao RT quase metade do seu relatório sobre a "interferência russa" nas eleições. O anexo "Televisão do Kremlin tenta influenciar a política e provocar descontentamento nos EUA" ocupa seis das 14 páginas do documento anual dos serviços da inteligência e apresenta as conclusões de 2012 tiradas pelo Centro de Fontes Abertas sob responsabilidade do diretor da inteligência nacional e que sofreram pequenas mudanças devido às eleições de 2016.
Nos últimos tempos, o Ocidente vem declarando periodicamente a necessidade da guerra de informação contra a mídia russa. Em particular, para desenvolvimento de tal iniciativa, foi dedicada uma resolução do Parlamento Europeu que tem como principais ameaças a Sputnik e o RT.