De acordo com o Ministério Público Federal, todos os políticos ganhavam mesadas de até R$ 300 mil.
Na ação, os procuradores pedem a devolução de R$ 2.303.182.588,00. Deste total, R$ 460.636.517,60 foram pagos de propina para o Partido Progressista. A ação pede ainda o ressarcimento de 1.381.909.552,80 de multa e R$ 460.636.517,60 por danos morais coletivos, além da perda dos cargos, suspensão de direitos políticos e perda dos direitos de contagem e usufruto da aposentadoria pelo Regime Especial.
No documento, a Força-tarefa da Lava Jato cita dois esquemas de corrupção que aconteciam na Petrobras. Um estava relacionado com a Diretoria de Abastecimento e o outro em relação aos benefícios desse setor prestados para a empresa Braskem, que pertence ao Grupo Odebrecht. Entre os casos citados está a comercialização de nafta entre a Petrobras e a Braskem. Segundo o MPF, no esquema seriam pagos por ano US$ 5 milhões de propina se a empresa fosse beneficiada pela Diretoria de Abastecimento da estatal.
"As licitações eram ganhas como em jogos de cartas marcadas. O grupo escolhia a empresa e decidia quem iria ganhar’, explicou o procurador da República, Deltan Dallagnol."
De acordo com as investigações da Lava Jato, entre 2006 e 2012 os prejuízos gerados pelo esquema para a Petrobras são de US$ 35 milhões.