Será que Sérvia se torna centro de atendimento de helicópteros russos?

© Sputnik / Maksim Bogodvid / Acessar o banco de imagensHelicóptero russo Mi-17V-5
Helicóptero russo Mi-17V-5 - Sputnik Brasil
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Será que a Sérvia poderia se tornar um centro regional para a reparação de helicópteros russos Mi? Isso tem sido discutido já há um ano, e, de acordo com as últimas declarações do Ministério da Defesa da Sérvia, a Rússia ainda está interessada na abertura de um centro de modernização e reparação destes helicópteros.

"Tudo aponta para o fato de que essa ideia será realizada. No princípio, esse será um pequeno centro regional, que no futuro vai se tornar um grande centro moderno para todo o Sudeste da Europa", disse recentemente o ministro da Defesa sérvio Zoran Djordjevic.

A questão é se a Sérvia tem capacidade para tal centro e clientes potenciais.

O comentarista militar do jornal Politika Miroslav Lazanski em uma entrevista à Sputnik Sérvia lembra que para esse trabalho poderia ser usada a fábrica de aviação Moma Stanojlovic, mas há um "mas":

"O problema é que no período anterior a Sérvia tem aposentado os melhores quadros, tanto engenheiros como técnicos, com alta qualificação, e vocês não vão conseguir ensinar um especialista em reparação de aviões e helicópteros em um ano, ou mesmo em três anos. Nós aposentamos as pessoas e disso resultou que a empresa repara um avião ou dois helicópteros por ano, e isso é um desastre", diz Lazanski.

O caça MiG-29 do grupo de pilotagem Strizhi no aeroporto militar de Kubinka. - Sputnik Brasil
Assinado acordo para entrega de caças russos MiG-29 para Sérvia
O analista militar Aleksandar Radic diz que isso é uma grande questão — até que ponto é aconselhável abrir uma linha de reparação na Sérvia, porque, em primeiro lugar, agora a Sérvia só tem um helicóptero Mi-17 e dois ela recebeu somente no ano passado, por isso eles não precisarão de reparo em breve. A segunda razão, é que dentro da OTAN estão claramente definidas as regras do jogo. Assim, se, por exemplo, o Mi búlgaro precisar de reparo, quem terá carta branca serão as fábricas localizadas no território da Aliança.

"A Croácia, por exemplo, não demonstra a menor vontade de fazer reparações na Sérvia, a Macedônia já fez reparações na Lituânia, e agora gradualmente, secretamente, está se transferindo para a Ucrânia, também a Bósnia se apoiou essencialmente nas fábricas ucranianas. Portanto, antes de falar seriamente sobre reparos na Sérvia, temos de entender se temos mercado, tendo em conta que existem centros de reparação na Lituânia, República Tcheca, Polônia e Eslováquia", conclui Radic.

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