"Tudo aponta para o fato de que essa ideia será realizada. No princípio, esse será um pequeno centro regional, que no futuro vai se tornar um grande centro moderno para todo o Sudeste da Europa", disse recentemente o ministro da Defesa sérvio Zoran Djordjevic.
A questão é se a Sérvia tem capacidade para tal centro e clientes potenciais.
O comentarista militar do jornal Politika Miroslav Lazanski em uma entrevista à Sputnik Sérvia lembra que para esse trabalho poderia ser usada a fábrica de aviação Moma Stanojlovic, mas há um "mas":
"O problema é que no período anterior a Sérvia tem aposentado os melhores quadros, tanto engenheiros como técnicos, com alta qualificação, e vocês não vão conseguir ensinar um especialista em reparação de aviões e helicópteros em um ano, ou mesmo em três anos. Nós aposentamos as pessoas e disso resultou que a empresa repara um avião ou dois helicópteros por ano, e isso é um desastre", diz Lazanski.
"A Croácia, por exemplo, não demonstra a menor vontade de fazer reparações na Sérvia, a Macedônia já fez reparações na Lituânia, e agora gradualmente, secretamente, está se transferindo para a Ucrânia, também a Bósnia se apoiou essencialmente nas fábricas ucranianas. Portanto, antes de falar seriamente sobre reparos na Sérvia, temos de entender se temos mercado, tendo em conta que existem centros de reparação na Lituânia, República Tcheca, Polônia e Eslováquia", conclui Radic.