Anteriormente, o primeiro estágio do foguete-portador Falcon 9 realizou, após seu relançamento, um pouso bem-sucedido em uma plataforma flutuante no Oceano Atlântico. O chefe da SpaceX Elon Musk chamou o evento de "uma revolução na indústria espacial".
"Foi Musk quem chamou isso de revolução, bem como jornalistas e especialistas que realmente não entendem muito. Eu, certamente, felicito Musk e sua equipe: é certamente um êxito. Não quero diminuir de forma nenhuma o sucesso de Musk, só para ser mais preciso, é claro que esta não foi a primeira vez. Os estágios laterais do Shuttle foram usados múltiplas vezes nos anos 80. Também, de fato, foi o primeiro estágio do foguete. Sim, eles eram de combustível sólido, enquanto o estágio de Musk é de combustível líquido", disse Ionin.
Segundo o especialista, usar o Falcon 9 como míssil balístico intercontinental, como todos os foguetes espaciais, será pouco provável devido ao processo extremamente longo de preparação para o voo, típico para este tipo de foguetes. No entanto, ele já é usado para lançamentos de satélites militares.
"O Falcon 9 já foi certificado para lançamentos pelo Pentágono, o que aconteceu há dois anos, ele já foi utilizado, tanto quanto eu sei, para lançar satélites para o Departamento de Defesa dos EUA. Mas para a solução de quaisquer tarefas militares operacionais — já não. O Falcon 9 é um foguete padrão que precisa de muito tempo para se preparar para o lançamento, o seu uso para fins operacionais não é possível, aqui são precisas outras ferramentas que podem ser preparadas para lançamento em poucos minutos", resumiu.