No encontro, os governadores, vice-governadores e senadores criticaram a participação de fundos de pensão como acionistas de empresas do setor de carnes processadas.
De acordo com o vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, os estados produtores e que comercializam a carne querem a aprovação de um projeto de lei que está em tramitação no Congresso Nacional que regulamenta a participação de pensão nessas empresas.
Após a reunião, Eduardo Pinho Moreira disse que é preciso que sejam acionistas dessas companhias grupos que realmente entendam do processo produtivo e do mercado de carnes e reduzir assim a influência política.
"O governo foi rápido, foi ágil. Nós viemos colocar os estados de Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para sermos parceiros e sermos convocados para ações dentro do Brasil e fora dele, para que nós possamos avançar na normalização o mais rápido possível. Também falamos com o presidente que essas empresas têm forte participação nos fundos de pensão e isso às vezes politiza um pouco a direção dessas empresas. É fundamental que quem dirige empresas do setor sejam pessoas do ramo."
Moreira deu como exemplo, a BRF, que é dona da Sadia e da Perdigão e tem como acionistas os fundos Previ e Petros.
Durante a ação da Polícia Federal, 21 frigoríficos apresentaram irregularidades na fiscalização dos estabelecimentos e dos produtos. Por causa do escândalo da carne, vários países interromperam as importações da carne brasileira e as autoridades estão realizando uma grande ação para tentar reverter os bloqueios e recuperar a credibilidade da carne no país e no exterior. Grandes importadores da carne brasileira como China, Coreia do Sul e Hong Kong já suspenderam as restrições e retomaram a compra dos produtos brasileiros.