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Dureza geral: Brasil não tem dinheiro para socorrer Estados

© AFP 2023 / TASSO MARCELOBandeira do Brasil
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Para o economista Istvan Kasznar, Professor da Ebape (Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas), da Fundação Getúlio Vargas, mesmo com a situação econômica do Brasil demonstrando sutis melhoras, este não é o momento mais adequado para os estados recorrerem à União. Em entre vista à Sputnik Brasil, o economista explicou sua posição.

“A crise tem-se aprofundado embora haja alguns sinais de que estejamos melhorando levemente. De junho de 2016 para cá (início de abril de 2017), o que se constata é que estamos patinando com o Produto Interno Bruto que mal chega aos 0,6% na variação em doze meses, talvez, na melhor das hipóteses vá acabar sendo de 1% ou 1,5% no final deste ano. A consequência é que arrecadação fiscal é pequena, inclusive para o governo federal. Ora, quando o governo federal recebe uma série de pressões de um conjunto de governadores, por conta de uma literal quebra, por conta de uma série de falências e de um estado de calamidade financeira dramática como é o caso do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Minas Gerais pelo menos, nós temos um quadro no qual cada um quer se defender. Uns querem tomar, receber recursos, dispor de apoios enquanto outros desejam efetivar esses acordos e ver o que é possível fazer dentro dos seus estados.”

Para Istvan Kasznar, neste momento não há recursos federais para socorrer os estados:

“Não preparamos a Federação suficientemente para lidar com estas necessidades dos estados. Os recursos da Federação estão muito aquém de uma dívida desses estados que hoje supera 580 bilhões de reais. E essa é uma história que vai muito longe.”

O Professor Istvan Kasznar sustenta que a corrupção e a malversação de verbas, entre outros fatores, produziram o caos na administração pública:

“O jogo político no momento não é adequado para que o PMDB queira ajudar o PT, o PSDB ou qualquer outro partido. Isto acaba criando muito mais rigidez. E temos um problema gravíssimo que eu chamaria de azar moral na atividade pública e que diz respeito, na verdade, a todas as evidências de corrupção, malversação de verbas e péssimas práticas na administração das finanças públicas.”

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