A sua localização favorável a 38 quilômetros ao sudeste da cidade de Homs, no centro geográfico da parte ocidental do país, permitia à aviação aí estacionada realizar ataques sobre alvos que ficavam não apenas na sua província, mas também perto de Damasco, Hama, Idlib e Aleppo.
A pista de aterragem de três quilômetros podia ser utilizada por aviões de todos os tipos – desde caças a aviões de transporte pesados. A pista adicional de igual comprimento devia ser usada em caso de destruição da pista principal.
Em outono de 2015, acabou a construção de 45 casamatas no território do aeródromo. Os mísseis Tomahawk danificaram seriamente a infraestrutura terrestre e ambas as pistas. Além disso, foram atingidos reservatórios com combustível. Essa informação foi confirmada por um funcionário do aeródromo.
"No total morreram 7 pessoas, cinco deles são militares, dois são civis da povoação Shayrat situada perto do aeródromo. Agora estão sendo calculados os danos causados, continuam os trabalhos na infraestrutura. Esperamos que o aeródromo recomece seu funcionamento em breve", comunicou o governador de Homs Talal al-Barazi.
No aeródromo se baseavam duas esquadrilhas de bombardeiros da Aviação Síria. Além disso, em março e abril aqui esteve temporariamente estacionado um pequeno grupo de helicópteros russos Mi-28N, Ka-52, Mi-8 e Mi-24P. No momento do ataque não havia equipamento militar russo.
Six killed in US missile attack on Shayrat airfield, Syrian army sayshttps://t.co/rV6SvJzhDl
— BBC Breaking News (@BBCBreaking) 7 de abril de 2017
Shayrat era considerado como um objeto bastante bem protegido. Desde o início da guerra que ele praticamente não era atacado, os militantes não conseguiam se aproximar o suficiente.
"Hoje em dia, a aviação síria pode utilizar cerca de 8-10 aeródromos nos territórios controlados por Damasco. Hoje um deles foi destruído. Isso significa que a atividade das outras bases aumentará significativamente, incluindo a de Hmeymim, onde está posicionada a nossa aviação. Segundo dados recentes, pelo menos 15 caças foram destruídos no aeródromo de Shayrat", comunicou à Sputnik o chefe do Centro da Previsão Militar Anatoly Tsyganok, acrescentando que após isso os pilotos terão uma maior sobrecarga de trabalho e os terroristas tentarão tirar proveito dessa situação.
Várias horas após o ataque, o Daesh e a Frente al-Nusra começaram uma ofensiva na parte oriental da província de Homs perto de Shayrat, comunicou o representante oficial do ministério da Defesa Igor Konashenkov. Segundo o portal Al-Masdar, os terroristas começaram o assalto dos postos de controle do exército nacional da Síria perto da cidade estratégica de Al Furkala. Os militares conseguiram repelir o ataque. Mas é evidente que os militantes não se irão limitar a esta tentativa.
Russian drone footage shows aftermath of the US missile strike on Shayrat airbase, Syria.pic.twitter.com/WI50NuV02x
— Breaking911 (@Breaking911) 7 de abril de 2017
Grandes ofensivas contra os aeródromos logo após os ataques aéreos das forças da coalizão já tinham ocorrido antes. Em 17 de setembro, aviões F-16 e A-10 da Força Aérea dos EUA atacaram as posições dos militares sírios perto da base aérea de Deir ez-Zor. Como resultado morreram 62 militares. O Pentágono classificou as ações dos seus pilotos como um engano. Mas um dia depois disso os militantes conseguiram conquistar posições estratégicas na área.