“Os Estados Unidos deram um passo muito calculado na noite passada. Estamos preparados para fazer mais, mas esperamos que não seja necessário”, disse a embaixadora em declarações reproduzidas pela AFP. A ação militar americana se deu em retaliação a um suposto ataque com armas químicas ordenado pelo líder sírio Bashar Assad – o que este nega.
A Rússia acusa a Casa Branca de ter violado acordos internacionais no que foi classificado por Moscou como um “ato de agressão” contra a Síria. Já aliados dos Estados Unidos apoiaram a medida militar contra a base síria de Shayrat, na província síria de Homs. Os números atualizados de vítimas chegam a 86 mortos, dos quais 27 sendo crianças.
“As medidas foram justificadas. Os Estados Unidos não vão mais esperar que Assad use armas químicas sem qualquer consequência. Esses tempos acabaram”, completou Haley.
Já o embaixador russo Vladimir Safronkov contestou a atitude dos Estados Unidos. “Os Estados Unidos atacaram o território da soberana Síria”, afirmou ele ao Conselho de Segurança. “Nós descrevemos esse ataque como uma flagrante violação do direito internacional e um ato de agressão”.
Anteriormente, a Casa Branca não buscou autorização do Conselho de Segurança da ONU para atacar a Síria nos dias que se sucederam à comoção mundial com as imagens de crianças mortas no país, sob a suspeita de terem sido vítimas de um ataque promovido pelo regime de Assad com o gás sarin. O governo sírio nega este ataque e considerou “tola e irresponsável” a atitude dos Estados Unidos.
A guerra na Síria já dura mais de seis anos e a embaixadora americana ressaltou que é o momento de medidas diplomáticas para por fim ao “terrível conflito”.