Em Washington D.C., capital do país, uma multidão se reuniu em frente à Casa Branca para gritar palavras de ordem e indignação contra o atual chefe de Estado norte-americano, que, em sua campanha eleitoral, tinha prometido interferir menos em assuntos de outros países e se preocupar mais com questões internas dos EUA.
No coração financeiro dos Estados Unidos, Nova York, e também em Chicago, os manifestantes ocuparam áreas próximas à Trump Tower e ao Trump International Hotel and Tower pedindo o fim da guerra na república árabe.
#StopTheWarOnSyria #handsoffsyria #nyc #syria LIVE protest in front of Trump Towers pic.twitter.com/jD1pfOOGy6
— Yari Osorio ☭ (@Yari4Liberation) 7 de abril de 2017
"Jogar bombas na Síria depois de proibir a entrada de refugiados sírios é como trancar pessoas em um prédio e depois incendiá-lo", afirmaram manifestantes no Twitter:
Dropping bombs on Syria after banning Syrian refugees is like locking people in a building and then setting it on FIRE! #HandsOffSyria
— #NoFascistUSA (@RefuseFascism) 7 de abril de 2017
Em Boston, Massachusetts, americanos dizem que querem diplomacia para resolver a questão síria, e não mísseis.
Crowd gathering at #ParkSt #Boston to protest #US bombing #Syria - they want diplomacy not missles #7News pic.twitter.com/wecmPOwdNa
— Kimberly Bookman (@KimberlyBookman) 7 de abril de 2017
Na madrugada desta sexta-feira, noite de quinta no Brasil, os destróieres americanos USS Porter e USS Ross, posicionados no Mediterrâneo, dispararam 59 mísseis Tomahawk contra a base síria de Shayrat, perto da cidade de Homs, provocando a morte de 16 pessoas e destruindo uma série de equipamentos, veículos e estruturas no local.
A administração Trump alegou que o bombardeio era uma retaliação pelo fato de que o aeródromo havia sido utilizado como ponto de partida para o ataque com armas químicas em Idlib no último dia 4, que Washington e boa parte do Ocidente atribuem ao governo sírio, mesmo sem evidências. No entanto, para os envolvidos nas manifestações que ocorrem em pelo menos 35 cidades dos EUA, a motivação humanitária de Trump não passa de uma desculpa, muito parecida com a utilizada por George W. Bush em 2003 (invasão do Iraque), para atacar a Síria com o objetivo de derrubar o atual regime, matando ainda mais civis durante o processo.