Concorrente do GPS: GLONASS russo conquista América Latina

Na cerimônia participou a delegação da corporação estatal russa Roscosmos, encabeçada pelo seu diretor-geral Igor Komarov, o embaixador da Rússia na Nicarágua, Andrei Budaev, o representante especial do presidente da Nicarágua para questões de cooperação econômico-comercial com a Rússia, Laureano Ortega, o diretor-geral do Instituto dos Correios e Telecomunicações da Nicarágua, Orlando Castilho, especialistas da empresa, bem como outras individualidades. 

A estação recebeu o nome de Chaika, em honra da primeira mulher cosmonauta, Valentina Tereshkova, que assinalou o aniversário recentemente. 

"A nossa cooperação com a Rússia mostra os resultados que podemos alcançar em conjunto a curto prazo, quando existe vontade política e capacidades técnicas. A Nicarágua é um bom parceiro da Rússia. Esta estação é muito importante para a Nicarágua, bem como para a América Latina, a utilização dos dados obtidos contribuirá para o desenvolvimento de todos os domínios da indústria e da ciência da Nicarágua", acrescentou Laureano Ortega. 

A estação foi criada no âmbito do acordo entre a Rússia e a Nicarágua sobre a cooperação na área das pesquisas espaciais civis, assinado em janeiro de 2012. 

"A história da nossa cooperação nas iniciativas ligadas com o espaço tem boas tradições, mas hoje damos um passo sério, novo e muito importante para a comunidade. A nova estação terrestre do sistema de navegação global GLONASS começará a operar na Nicarágua. Ela foi construída com base nas tecnologias mais recentes e contribuirá para o reforço das capacidades de navegação a nível mundial", acrescentou chefe da Roscosmos Igor Komarov. 

A estação na Nicarágua é uma das estações da rede global de estações terrestres de monitoramento dos parâmetros de todos os sistemas de navegação por satélite — GLONASS, GPS, Galileo e Beidou. 

A rede global de estações de monitoramento vai permitir garantir uma maior interação entre o GLONASS e os outros sistemas de navegação, aumentando a precisão e a segurança dos serviços de navegação, bem como uma maior precisão do sistema de coordenadas, que é o elemento-chave de muitos programas científicos internacionais, como, por exemplo, o programa de monitoramento da Terra.