Esses migrantes chegam à Suíça da Itália. O governo italiano estima que 250 mil migrantes chegarão à costa italiana este ano, a maioria dos quais de países africanos como a Guiné, a Nigéria e a Costa do Marfim. Mais de 95% das chegadas partiram da costa da Líbia.
Fontes do Ministério do Interior disseram ao jornal alemão Welt am Sonntag que, em janeiro e fevereiro, as autoridades detectaram 1.350 travessias ilegais da Suíça, um aumento acentuado em comparação com os 402 detectados nos dois primeiros meses de 2016.
A fronteira italiana com a Suíça é menos segura do que as fronteiras alemãs com a Áustria e a França e, desde o verão passado, os migrantes intensificaram seus esforços para cruzá-la.
O ministro do Interior do estado, Thomas Strobl, disse a Welt am Sonntag que o governo pode ser forçado a fechar sua fronteira com a Suíça se o fluxo de migrantes continuar.
"Ainda temos essa fronteira sob controle, mas se a situação piorar na fronteira entre a Itália e a Suíça e, consequentemente, na fronteira suíço-alemã, então vamos agir", disse Strobl. "Faremos o que for necessário se a situação surgir — já fortalecemos a polícia estadual", acrescentou.
Após a chegada de 890.000 requerentes de asilo à Alemanha em 2015, o Ministério do Interior alemão registou a chegada de 280.000 refugiados em 2016. A queda do número de chegadas foi atribuída ao acordo de imigrantes da UE com a Turquia e ao encerramento da rota de migração dos Balcãs Em março de 2016.