Na semana passada, as autoridades ucranianas suspenderam o funcionamento de algumas usinas termelétricas.
A assessoria de imprensa do Ministério da Energia explicou essa medida com a necessidade de poupar antracite devido ao fim do período de aquecimento.
A partir de 15 de fevereiro, a Ucrânia está em estado de emergência na área da energia. Esta situação foi provocada pelo bloqueio ao fornecimento de carvão de Donbass. A situação ficou tão grave que Kiev foi obrigada a recorrer à ajuda de Washington, a carta com o pedido para começar os fornecimentos foi enviada ao Departamento de Estado dos EUA.
Posição de Donetsk
Em 15 de março de 2017, a Ucrânia introduziu o bloqueio total ao transporte de Donbass até que as empresas nas repúblicas autoproclamadas regressem à jurisdição de Kiev. Logo depois, Aleksandr Zakharchenko, líder da república de Donetsk, declarou a ruptura completa das relações comerciais com a parte ucraniana.
"Não vamos vender [a Kiev] nem carvão, nem metal, nem calcário", disse ele, lembrando que historicamente a produção dos territórios de Donbass sempre se destinou à Rússia.
Será que o estrangeiro vai ajudar?
Os analistas têm dúvidas em relação a este assunto, é especialmente duvidoso se a Ucrânia será capaz de sair da crise energética.
"A Ucrânia pode considerar a possibilidade que ela quiser: Austrália, EUA, Canadá, África do Sul ou até a China, por que não? Mas neste caso o preço do carvão aumentará", declarou Leonid Khazanov, especialista em indústria, ao Serviço Russo da Rádio Sputnik.
Outro analista, Vadim Kolesnichenko, também considera que Kiev está agindo contra si própria ao bloquear o transporte com Donbass.
"Graças às ações pouco corretas das autoridades ucranianas, a soberania das repúblicas está sendo adquirida cada vez mais depressa", frisa Kolesnichenko, advertindo sobre o possível crescimento da tensão social dentro do país.