Temer destacou a relevância de se dialogar com os diversos segmentos da sociedade para aprimorar o projeto da reforma previdenciária conforme as aspirações da população brasileira.
"O importante é que nós pouco a pouco vamos acolhendo as sugestões, porque quando as sugestões vem do Congresso Nacional e neste caso específico da Comissão da Câmara dos Deputados é para aprimorar o projeto,não é para desnaturá-lo e mais do que isso fazê-lo compatível com as aspirações populares."
Ao abrir a reunião com os membros da Comissão Especial da Reforma da Previdência e líderes da base aliada na Câmara, Temer destacou que durante quase um ano de gestão conseguiu implementar mais de 50 medidas e defendeu que a reforma não é uma necessidade, mas um fenômeno imperioso. Temer se referiu as declarações recentes do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que disse que a necessidade da reforma previdenciária não era uma questão de opinião dele, dos ministros ou de parlamentares, mas sim uma necessidade. Segundo o presidente, seria muito mais confortável não fazer nada.
"Sem embargo de termos neste menos de um ano de governo mais e 50 medidas governativas, a maioria delas com apoio do Congresso Nacional, a Reforma da Previdência passou a ser o símbolo da vitória reformista, ou não do governo. O Meirelles ainda disse ontem (10), no Rio de Janeiro, que não era uma opinião, uma opinião minha, dos deputados, senadores, ministros. Para nós seria muito mais confortável não fazer absolutamente nada disso, mas não é uma opinião é uma necessidade. É um fenômeno imperioso, que nós venhamos a realizar essa reformulação previdenciária no nosso país."
Após o encontro com o presidente Michel Temer nesta terça-feira (11), o relator da reforma da Previdência deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), afirmou que vai propor mudanças na regra de transição em seu parecer, que vai ser divulgado na próxima semana na comissão especial da Câmara dos Deputados.
Segundo Maia, a ideia é eliminar a necessidade de se ter uma idade para que as pessoas sejam enquadradas na regra de transição da aposentadoria, como pedia o texto original do governo que previa 45 anos para mulheres e 50 para os homens.
O relator da reforma previdenciária explicou que o pedágio, tempo a mais exigido para que trabalhador contribua para solicitar o benefício da aposentadoria, será menor do que os 50% propostos pelo Executivo.
Arthur Maia ainda adiantou que o seu substitutivo vai exigir idade mínima progressiva para a aposentadoria a partir da promulgação da PEC, que subirá até chegar aos 65 anos.
Maia garantiu que os líderes da base aliada presente no encontro se comprometeram a encaminhar o voto favorável ao texto da reforma da Previdência, após as alterações propostas. "Saio com a comunicação de que todos os líderes que estiveram presentes na reunião nos autorizaram a dizer que, diante das alterações que foram sinalizadas, eles encaminharão nas suas bancadas, a favor da aprovação do nosso relatório."