"Eles causaram isso", disse Tillerson sobre a pressão internacional contra Assad. "Achamos importante que a saída de Assad seja feita de forma ordenada. Não há espaço para Assad ou para a família de Assad na conclusão [do conflito sírio] que esperamos. Nós não aceitaremos isso e não acreditamos que o mundo o fará", disse Tillerson, acrescentado que os EUA em uma Síria estável e unificada.
O diplomata russo disse que não está interessado em cenários hipotéticos e especulativos na Síria, mas que "queremos estabelecer uma verdade". "Há uma presunção de inocência" na Síria, disse Lavrov.
Lavrov também lembrou casos fracassados de trocas de poder no Oriente Médio, promovidos com o apoio dos americanos. "Precisamos aprender as lições do passado, caso contrário não poderemos ter sucesso no presente", disse ele. No Iraque, todos os pretextos que os EUA usaram para invadir o país, como as armas de destruição em massa, eram falsos. […]. Na Líbia, a coalizão internacional que derrubou o ex-ditador Muammar Kadhafi não produziu um exemplo positivo que possa ser seguido para uma operação de mudança de regime. "O próprio Estado da Líbia está em perigo agora. Nós vimos tudo isso e todos sabemos como isso vai acabar", destacou.
Tanto os EUA quanto a Rússia também concordaram em restabelecer o acordo de segurança aérea em vigor na Síria. A parceria, que prevê trocar de informações sobre voos dos dois países para evitar incidentes no espaço aéreo da Síria, tinha sido suspenso após os ataques ao aeródromo na província de Homs.
Participação russa
"Com relação à cumplicidade ou conhecimento da Rússia no ataque químico, o ataque foi conduzido exclusivamente pelas forças do regime de Assad", disse Tillerson, acrescentando que os EUA não têm nenhuma razão para acreditar que Moscou ajudou o ataque em Idlib.