Opinião: 'superbomba' norte-americana no Afeganistão é aviso para Rússia

© AFP 2023 / NOORULLAH SHIRZADA Forças de segurança afegãs envolvidas na operação contra o Daesh em 14 de abril de 2017, um dia após EUA terem lançado sua bomba mais poderosa não nuclear
Forças de segurança afegãs envolvidas na operação contra o Daesh em 14 de abril de 2017, um dia após EUA terem lançado sua bomba mais poderosa não nuclear - Sputnik Brasil
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A bomba poderosa usada pelos EUA no Afeganistão, bem como os ataques à base aérea síria de Shayrat, são um aviso para a Rússia. Os norte-americanos querem que as autoridades russas mudem sua política, declarou o vice-presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação da Rússia, Frants Klintsevich.

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Na quinta-feira (13), os EUA lançaram uma bomba termobárica (MOAB, acrónimo em inglês de Massive Ordnance Air Blast), a bomba mais poderosa não-nuclear GBU-43B sobre os terroristas do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia) na província de Nangarhar, perto da fronteira com o Paquistão. O lançamento da bomba, de cerca de 9,5 toneladas, foi feito a partir da aeronave MC-130.

Segundo a informação divulgada, os EUA possuem 15 bombas destas. Washington afirmou que o ataque visou o sistema de túneis do Daesh e demonstra a intenção da Administração Trump de cumprir as promessas de eliminar o grupo terrorista.

"Em minha opinião, o uso da bomba mais poderosa não-nuclear no Afeganistão deve ser visto no âmbito da estratégia política e militar comum perseguida pelos EUA após a tomada de posse de Donald Trump. Acredito que essa ação está ligada ao ataque à base aérea síria. De fato, ambos os casos são uma demonstração de poder e ambas as ‘demonstrações' têm um único destinatário — a Rússia", explicou o senador.

Frants Klintsevich sublinhou que, se os EUA pensam que com tais ações farão a Rússia mudar sua política conforme eles querem, estão "profundamente enganados".

"Os norte-americanos precisam parar. Pois é muito provável que as tentativas de incluir a Coreia do Norte nessa linha resultem em consequências imprevisíveis", concluiu.

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