Segundo o centro, entre os norte-americanos que paticiparam da pesquisa, 58% aprovam a decisão do presidente dos EUA de lançar mísseis contra a base aérea em resposta ao alegado uso das armas químicas pelo presidente sírio Bashar Assad. 36% dos respondentes são contra, outros 6% não se definiram.
Entretanto, a maioria dos respondentes (61% contra 32%) acredita que Trump não tem um plano definido de solução da crise síria.
Entre os que duvidam da existência de tal plano está o senador democrata Ruben Gallego.
"Que estratégia estamos seguindo? Qual é o nosso objetivo final? Para que desferimos o golpe?", escreve Gallego no Twitter.
What is the strategy here? What is our end goal? Why did we have to strike today? This is not how you conduct a military strike. https://t.co/owJc9Nz8GC
— Ruben Gallego (@RubenGallego) 7 de abril de 2017
Ao mesmo tempo, as pessoas se dividem quanto ao destino dos sírios que sofreram da escalação do conflito.
"47% dos norte-americanos acham que os EUA devem acolher os refugiados sírios e quase o mesmo número (48%) não está de acordo (5% não se definiram)", diz a pesquisa.
Um membro da Câmara dos Representantes dos EUA, Seth Moulton, encontrou contradições na postura do presidente norte-americano nesse respeito:
"Então, o presidente cuida do povo sírio bastante para lançar 50 Tomahawks, mas não o bastante para deixar as vítimas de Assad encontrar refúgio e tornarem-se livres aqui [nos EUA]", disse Seth Moulton no Twitter.
So @POTUS cares enough about the Syrian people to launch 50 Tomahawks but not enough to let the victims of Assad find refuge & freedom here.
— Seth Moulton (@sethmoulton) 7 de abril de 2017
Segundo outra pesquisa realiada pela organização YouGov, 21% dos norte-americanos estão a favor da participação indireta dos EUA na crise síria. Em particular, os respondentes acreditam que os EUA devem "reforçar o apoio à oposição armada pró-ocidental na Síria sem se envolverem diretamente".
Apoio dos ex-adversários
Muitos congressistas que tinham sido contra Trump apoiaram desta vez o ataque contra a base síria.
"O presidente Trump deu a entender a Assad que aqueles que o apoiam não poderão mais cometer crimes militares", diz o site oficial de Rubio.
Outros adversários de Trump também o apoiaram.
"Ao contrário da Administração anterior, Trump conseguiu adotar uma postura firme e tomar medidas eficazes em um momento crítico", disseram os senadores John McCain e Lindsey Graham.
Não entendem o essencial
Muitos cidadãos dos EUA lembram que Donald Trump antes afirmava que, para atacar Síria, o presidente precisaria do consentimento do Congresso.
Em particular, em 30 de agosto de 2013, Trump escreveu no Twitter:
"Antes de iniciar ações militares na Síria, o presidente deve receber a aprovação do Congresso, caso contrário comete um erro crasso!"
The President must get Congressional approval before attacking Syria-big mistake if he does not!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 30 de agosto de 2013
"É difícil entender o que está acontecendo na verdade. Cada mídia afirma algo que contradiz outras, parece que ninguém tem uma imagem clara. É difícil dizer o que Putin e Trump vão fazer… Mas não podemos acreditar em nenhuma informação divulgada nos EUA", disse ao canal RT um funcionário social de Minneapolis, Kerry Lassard.