"Os vários cenários e situações anormais de que tínhamos ouvido falar na Suécia, Estônia, Letônia e Polônia sobre as ações da Rússia e as possíveis medidas de resposta da OTAN devem ser avaliados pelo Departamento da Defesa dos EUA… Isso se refere a uma representação exata do papel que Kaliningrado, com seu forte sistema de defesa antimíssil, deve desempenhar. Como é que a OTAN vai neutralizá-lo? O problema cria a questão da escalada e da potencial resposta russa às iniciativas que a Rússia vai considerar como um ataque contra o país", diz o comunicado do RAND norte-americano.
Além disso, os analistas exortaram Pentágono a avaliar as capacidades da Rússia para desestabilizar politicamente os países do Báltico, "incluindo a tomada de um enclave e a escalada da situação interna", bem como em criar obstáculos para o seu reforço.
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— dwnews (@dwnews) 14 de abril de 2017
O lado russo tinha repetidamente negado as informações sobre uma ameaça militar para a independência dos Países Bálticos por parte de Moscou. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov, tais declarações são absurdas e infundadas.
"O Departamento da Defesa dos EUA pode utilizar jogos políticos e militares para perceber as possíveis dificuldades da Aliança em alcançar um consenso, as possibilidades disponíveis para a OTAN e o tempo necessário. Uma análise mais detalhada das forças da segurança interna dos Países Bálticos também seria útil", diz o documento.
Os analistas dos EUA também aconselharam o Pentágono a utilizar "vários cenários extraordinários", como a conquista da Gotlândia (a maior ilha da Suécia e do mar Báltico), e que "melhore a troca de informações no âmbito da OTAN".
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— Christian Thiels (@ThielsChristian) 14 de abril de 2017
Segundo os analistas, a tensão nas relações com a Rússia representa uma possibilidade para os países da OTAN manterem o nível de interação entre os parceiros da Aliança após a saída do Afeganistão. Eles acrescentaram também que o apoio à adesão à Aliança está crescendo na Suécia e na Finlândia.