“É um caminho muito perigoso”, afirmou Lavrov em uma conferência de imprensa nesta segunda-feira em Moscou. “Nós não aceitamos ações inconsequentes com mísseis nucleares por parte de Pyongyang que violem as resoluções da ONU, mas isso não significa que você possa quebrar a lei internacional”.
Lavrov ainda disse “esperar que não ocorra nenhuma ação unilateral como a que nós vimos recentemente na Síria”, em referência ao ataque com 59 mísseis Tomahawk no início do mês contra a base síria de Shayrat, na província síria de Homs.
O posicionamento russo veio horas após as declarações dadas pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. Em visita a Seul, o representante da Casa Branca alertou para que os norte-coreanos não testem Trump, uma vez que “todas as opções estão sobre a mesa” para lidar com o programa nuclear e militar da Coreia do Norte.
Além disso, Pence afirmou que a “paciência estratégica” com Pyongyang acabou.
“Nas últimas duas semanas o mundo testemunhou a força e a determinação do nosso novo presidente em ações na Síria e no Afeganistão. A Coreia do Norte faria bem em não testar essa determinação ou a força das forças armadas dos Estados Unidos”, completou o vice de Trump.
Para o governo russo, porém, a solução não passa pela troca de ameaças e provocações entre os dois lados.
“Nossa posição a respeito é bem conhecida e consequente: chamamos todas as partes para a contenção desta situação. Fazemos um chamado para evitar ações que possam ser vistas como uma provocação. Advogamos para manter os esforços internacionais coordenados em um marco dos formatos existentes para solucionar o problema norte-coreano”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.