Conforme a denúncia, Françoise e Sérgio tramaram a morte do embaixador com o objetivo de ficar com os bens e a pensão Kyriakos.
Segundo as investigações do Ministério Público, Sérgio e Eduardo entraram a residência do embaixador, em Nova Iguaçu, no dia 26 de dezembro, usando as chaves dadas pela mulher do diplomata. Françoise e a filha tinham saído e deixado o marido sozinho.
O Ministério Público diz na denúncia que Kyriakos foi atacado na sala, sofrendo lesões que provocaram uma hemorragia. Sérgio e Eduardo enrolaram o corpo do embaixador grego em um tapete e o colocaram dentro de um carro, que depois foi incendiado próximo ao Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu.
Françoise e o policial militar chegaram a comunicar o desaparecimento de Kyriakos Amiridis à Polícia. Sérgio ainda tentou apagar as imagens do circuito interno de segurança do condomínio, onde ele aparecia em frente a casa da amante. Os três acusados acabaram confessando a participação no crime e todos estão presos. Eles vão responder por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e por fraude processual no cado dos dois amantes.
De acordo com o advogado de Françoise, Glaucio Senna, ela nega a participação no crime ou confessado participação na morte do embaixador. Já o advogado de Sérgio Gomes e Eduardo de Melo, Edson Ferreira Lima diz que a denúncia por enquanto é genérica e que com o início da instrução criminal é que começará a produção de provas.
"Todas as razões do fato serão demonstradas hoje. Vejo o quadro que se apresenta com aspectos favoráveis aos acusado. Não há testemunha do fato, que tenha assistido a morte, que tenha assistido a execução do fato. A denúncia dá conta de que todos participaram do fato. A denúncia é genérica. São testemunhas que a autoridade policial ouviu e mais provas técnicas."
Durante a audiência serão ouvidas 16 testemunhas de acusação e outras 16 de defesa e a sessão não deve terminar nesta terça-feira (18). Se o juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu/Mesquita, na Baixada Fluminense, entender que há indícios suficientes de ter ocorrido um crime doloso, com intenção de matar, o caso vai a juri, e os acusados vão receber a sentença.