O partido de esquerda promete “trabalhar pelo cancelamento imediato das sanções impostas contra a Rússia” para o “reinício da cooperação em prol de uma solução para as crises no Iraque, na Síria e na Líbia, além da luta contra o terrorismo”.
O documento intitulado “Reinício do diálogo com o parceiro estratégico” reflete uma pesquisa conduzida internamente pela legenda, liderada pelo comediante Beppe Grillo, este um dos críticos mais ferozes ao governo que segue nas mãos do Partido Democrático.
O mesmo informativo critica a “falta de visão” da política externa da Itália, da União Europeia e da administração do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama nas discussões em torno da crise ucraniana e na questão da Criméia.
“As sanções e as contramedidas de Moscou custaram às exportações italianas 3,7 bilhões de euros [US$ 3,75 bilhões] no ano passado. Esta ‘sanção-guerra’ é contra os interesses de nosso país. A Rússia como um país com 142 milhões de pessoas é um mercado estratégico não só para os bens marcados ‘Made in Italy’, mas para toda a economia europeia”, completa o documento.
A ideia do Movimento 5 Estrelas é se tornar um mediador nas discussões internacionais, seguindo na esteira do discurso de cooperação multilateral defendido recentemente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a participação da Rússia.
De acordo com recentes pesquisas, a esquerda italiana aparece na frente na preferência do eleitorado, com 32,3% das intenções de voto, contra 26,8% do Partido Democrático do primeiro-ministro Paolo Gentiloni. O seu antecessor, Matteo Renzi, é um dos cotados a participar das eleições, que devem acontecer até no máximo maio de 2018.
O Movimento 5 Estrelas é contra o euro e defende a saída da Itália da União Europeia.