Na Coreia do Norte mostraram um vídeo com a imitação de um impacto de míssil nos EUA, informa a agência Yonhap.
As solenidades decorreram em ambiente de uma escalada extraordinária da tensão na península da Coreia. Os especialistas coincidem na opinião que a Coreia do Norte pode efetuar o sexto teste nuclear ou um novo lançamento de míssil até o dia 25 de abril (aniversário da criação do Exército popular da Coreia).
O comentarista militar russo Viktor Baranets notou no ar do serviço russo da rádio Sputnik que este vídeo é uma componente da propaganda antiamericana da Coreia do Norte.
"Todo o aparelho de propaganda da Coreia do Norte considera como inimigo número um, sem dúvida, os Estados Unidos, por isso de noite e de dia faz destes “disparos” informacionais em sua direção. Esta situação é a continuação das graves e complicadas relações americano-norte-coreanas. Eu penso que desta maneira Pyongyang compensa as atitudes ofensivas que por vezes vêm em sua direção a partir de Washington. Tenho certeza que lá já assistiram este vídeo e rangeram os dentes: os americanos não gostam de levar piparotes no nariz", diz Viktor Baranets.
Segundo a opinião dele, a Coreia do Norte vai continuar os testes nucleares, dando um sinal aos EUA e países da região sobre a necessidade de diálogo.
"Penso que os testes serão mesmo efetuados. Porque isso não é só um capricho da Coreia do Norte, que sonha em ganhar uma "armadura" nuclear segura, mas é também um sinal a Washington, Tóquio e Seul: rapazes, vamos chegar a um acordo, o que todas estas três partes não querem categoricamente. O que irrita sobretudo Pyongyang são os exercícios provocatórios que são realizados regularmente perto da fronteira da Coreia do Norte sob a égide dos EUA. Como início, Pyongyang pede para não realizarem esses exercícios. E, se existem nas cabeças dos diplomatas americanos e sul-coreanos restos de compreensão, eles deveriam responder a esse pedido – seria um passo em direção ao compromisso", notou o especialista militar.