O lançamento falho deve ser bom para os EUA, não é?
Mas, se olharmos mais atentamente, a imagem não parece assim tão boa, escreve Ruslan Karmanov para a Sputnik.
Se acreditarmos na mídia norte-americana (que procura interpretar a situação com um "nós batemos em todos"), veremos que em simultâneo ocorreu uma série de acontecimentos pouco agradáveis.
"Não está claro quem será próximo alvo das intimidações dos EUA? O [líder chinês] Xi Jinping?", pergunta o analista.
Para quê então, se não para o enriquecimento pessoal dos congressistas, precisam os EUA de enviar este monte de navios caríssimos, se disparar a partir deles é um prazer muito caro, e sem tiros até Kim deixou de ter medo deles, opina o autor.
Outro aspecto. Os EUA declararam: "Quando a nossa inteligência detectar uma tentativa para realizar testes, a nossa força prevenirá imediatamente com o lançamento de um ataque." Resultado: o lançamento foi efetuado sem qualquer tentativa para impedi-lo e com o governo americano explicando que o teste foi apenas de um míssil não nuclear e isso não conta.
Podemos imaginar que o sistema antimísseis americano não funcionou, porque, se não for assim, se pode chegar a outra conclusão. Que foi Trump que no último momento mudou de ideia e desistiu de prevenir o lançamento norte-coreano. Ou foi o exército que, mesmo recebendo a ordem, não cumpriu seu dever.
Alguma coisa deu errado na "recuperação das posições de liderança dos EUA". Eles lideram apenas na imitação de atividade, mas nestes termos eles sempre foram os primeiros, ironiza Ruslan Karmanov.
"Que chato, galera!", termina seu artigo o colunista usando a frase recém pronunciada por Vladimir Putin, também em relação aos EUA.