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Chapa Bolsonaro e Doria em 2018 é possível? Deputado responde (VÍDEO)

© Wilson Dias/Agência BrasilEntidades brasileiras criticam e entram na Justiça contra discurso de Bolsonaro
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Tido como primeiro representante legítimo da direita brasileira em uma corrida presidencial desde a redemocratização (1985), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aceitou falar sobre o aparecimento do nome de João Doria (PSDB), prefeito de São Paulo, como um possível adversário em 2018.

Em entrevista ao site Poder 360, Bolsonaro disse que as pesquisas o colocam hoje em segundo lugar na preferência do eleitorado (atrás apenas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) e que o cenário possível com o nome de Doria o mantém na vice-liderança, mas com um percentual menor.

“Quem sou eu na política? Eu estou sozinho, enquanto o outro lado [Doria] tem o governo do Estado, ele é prefeito, é chefe do Executivo, [com o] terceiro orçamento do Brasil. Ele tem um apoio, um carinho muito grande por parte de grande mídia. E, obviamente, ele está fazendo um bom trabalho como prefeito de São Paulo. Só tenho que louvar”, opinou.

Afirmando não ter “nenhuma obsessão por uma futura possível Presidência da República”, o parlamentar avaliou ter apenas uma “missão de Deus” para colocar o seu nome a disposição para o pleito presidencial. Falando para o seu eleitorado, Bolsonaro deu a entender que pode defender bandeiras que o tucano não poderia, caso seja escolhido pelo PSDB em 2018.

“Agora eu tenho uma coisa importantíssima ao meu lado: eu tenho o povo ao meu lado e tenho propostas que, se o Doria for assumir em nome do PSDB, ele será impedido. Como a questão do desarmamento, o tratamento a ser dado ao encarcerado, a questão de família e ideologia de gênero. Em algumas questões nós não estaremos alinhados, infelizmente, porque eu o considero um bom nome para o futuro do Brasil”, avaliou.

Questionado se poderia unir forças com Doria em uma eventual chapa presidencial, Bolsonaro considerou que tal discussão ainda seria prematura, porém não descartou a possibilidade.

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“Acho muito difícil você falar em uma dobradinha porque estamos muito longe das eleições do ano que vem. Obviamente que qualquer partido que tenha um candidato que se demonstre um pouco competitivo vai esperar um pouco mais para ver se é o caso de partir para uma dobradinha, para uma chapa puro sangue, ou escolhendo de vice alguém que tenha uma representação menor que a do titular”.

Bolsonaro ainda procurou se mostrar tranquilo quanto à possibilidade de enfrentar Lula em um hipotético segundo turno em 2018 – caso o petista não se torne inelegível pelo avanço das investigações em torno do seu nome na Operação Lava Jato.

“Acho que hoje em dia, pelas minhas andanças pelo Brasil, eu e o Lula estaríamos no segundo turno. Eu acho que, em função disso, os alinhamentos partidários seriam automáticos: a esquerda do lado do Lula, e as outras agremiações divididas. Agora o povo como está cansado com o que vem acontecendo no Brasil nos últimos anos, com toda a certeza, estará ao meu lado”, concluiu.

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