Recentemente, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, criticou duramente a política do Irã e o acordo JCPOA (O Plano Global de Ação Conjunta) – assinado com este país, acusando Teerã de patrocínio de terrorismo, ataques cibernéticos, violação da liberdade de navegação no Golfo Pérsico, bem como de violar os direitos humanos.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, em entrevista a jornalistas, disse que Trump iria tomar a decisão quanto a futuras medidas em relação ao Irã após realização de avaliações minuciosas pelos departamentos dos EUA sob coordenação do Conselho de Segurança Nacional quanto ao acordo e elaboração de recomendações durante um prazo de 90 dias.
Na opinião do diretor do Instituto para o desenvolvimento estatal moderno, Dmitry Solonnikov, a posição hostil ao Irã da nova administração da Casa Branca se deve ao apoio que os EUA tentam prestar aos aliados na região.
"Neste caso, Donald Trump está cumprindo suas promessas, nomeadamente, a Israel e Arábia Saudita. É a política do Irã contra tais países como Iêmen e Líbano que provoca mais crítica. As ameaças que vêm destes territórios contra Israel e Arábia Saudita estão sendo consideradas pelos EUA como estratégicas", disse Dmitry Solonnikov em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Além disso, ele sublinha que, no Irã, logo decorrerão eleições – o que faz os EUA oscilar.
Em 14 de julho de 2015, o Irã e um grupo internacional fecharam o acordo histórico que regulou o problema nuclear de muitos anos. No entanto, os EUA mantêm as sanções contra o Irã no que diz respeito a programa de mísseis, direitos humanos e acusam o Estado de financiar o terrorismo.