O estudo, publicado na revista Geophysical Research Letters, informa que anteriormente a sonda MESSENGER (MErcury Surface, Space ENvironment, GEochemistry) encontrou na superfície de Mercúrio numerosas dobras, sinuosidades e fraturas, o que permite concluir sobre a atividade tectônica do planeta, pelo menos no passado.
Os primeiros dados sobre as alterações do tamanho de Mercúrio foram registrados pela estação espacial Mariner 10. As saliências e reentrâncias tectônicas na superfície do planeta, segundo os cientistas, podem ter surgido devido ao arrefecimento de Mercúrio. No entanto, apenas agora os geólogos conseguiram estimar o período e a velocidade desses processos.
Os pesquisadores acreditam que Mercúrio começou a “encolher” após um bombardeio de meteoritos, que terminou há 3,8 bilhões de anos e durou aproximadamente 400 milhões de anos. O corpo celeste ainda está se modificando, mas a atividade tectônica praticamente parou e o campo magnético do planeta está cada vez mais fraco.
Mercúrio foi detalhadamente estudado apenas por duas sondas – a Mariner 10 e a MESSENGER. Em 2018 o Japão e a UE planejam enviar uma terceira missão para Mercúrio, a BepiColombo, composta por duas sondas. Os primeiros resultados da missão ainda demorarão muitos anos a chegar à Terra — mesmo que o lançamento seja realizado em 2018, a estação alcançará o planeta apenas em 2025.