Durante uma coletiva de imprensa ao lado de Mattis, o general John Nicholson negou-se a dar detalhes sobre a participação russa no Afeganistão. Entretanto, ele disse que “não refutaria” o envolvimento do Kremlin, inclusive com o repasse de armas ao Talibã.
À Agência AP, um alto funcionário norte-americano já havia declarado que a Rússia teria repassado ao Talibã armas automáticas. A desconfiança deve fazer com que autoridades dos EUA confrontem Moscou sobre a informação.
“Vamos envolver com a Rússia diplomaticamente. Vamos fazê-lo no que for possível, mas vamos ter de enfrentar a Rússia no que eles fazem, que é contrário ao direito internacional ou negar a soberania de outros países […]. Por exemplo, qualquer arma canalizada aqui a partir de um país estrangeiro seria uma violação do direito internacional”, afirmou Mattis.
Os russos, por sua vez, negou dar qualquer apoio ao Talibã. A Rússia diz trabalhar pela reconciliação entre os fundamentalistas do grupo e o governo afegão.
A visita de Mattis acontece três dias após um ataque do Talibã contra o exército afegão ter deixado um saldo de mais de 100 mortos, segundo estimativas das autoridades locais.