“A afirmação feita pelo ministro britânico de Defesa Michael Fallon pede uma resposta dura e eu não tenho medo de ir muito além. Na melhor das hipóteses essa afirmação parece ser um elemento de guerra psicológica, o que parece revoltante dentro deste contexto”, escreveu Klintsevich.
“Há uma questão basicamente natural então: qual país poderia ser primitivamente atacada pela Grã-Bretanha”, continuou o senador, que é vice-chefe da Comissão de Defesa e Segurança do Conselho da Federação russa.
Na visão do parlamentar, se os britânicos utilizarem poder nuclear, então “a Grã-Bretanha, que não possui um vasto território, poderá ser literalmente apagada da face da terra com um contra-ataque”, afirmou.
Klintsevich relembrou ainda que um eventual ataque nuclear britânico contra um país não-nuclear trará à memória o que fizeram os norte-americanos ao atacarem com bombas atômicas as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, ao final da Segunda Guerra Mundial.
As tensões nucleares não são uma exclusividade da Península Coreana. Em um recente relatório do Instituto para a Pesquisa de Desarmamento das Nações Unidas (UNIDIR), a ameaça de um “evento de detonação de arma nuclear”, seja acidental ou deliberado, é “inegavelmente em seu maior nível nos 26 anos desde o colapso da União Soviética”, período em que houve uma deterioração das relações entre potências nucleares.