"Precisamos estar nas ruas. Quem sabe assim, a população brasileira acorde e chacoalhe a maioria dos Deputados e a maioria dos Senadores que querem aprovar essas reformas. Quem sabe precisamos ir às ruas, paralisar as escolas, o transporte coletivo, paralisar tudo, para que o Parlamento brasileiro caia na real."
Já o senador José Medeiros (PSD-MT) vê a mobilização da greve geral como uma manobra organizada por defensores do governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, que querem usar mais esse protesto como forma de tentar ganhar novamente a simpatia da população.
"Todo movimento é bem-vindo, principalmente o movimento ordeiro no sentido de buscar os direitos. Mas eu também tenho um comentário sobre a força motriz que instigou e marcou esse movimento. Um governo que caiu. E agora tenta buscar novamente a sua predominância, o seu lugar perdido com as ruas."
A greve geral está sendo organizada por cerca de oito centrais sindicais no país, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), mobilizando mais de dez milhões de trabalhadores no Brasil.
Os organizadores esperam fazer da paralisação nacional do dia 28 de abril um protesto maior do que foi a de 1989, quando 70% dos trabalhadores do país cruzaram os braços, contra os Planos Cruzado e Verão, no final do governo de José Sarney.
Até o dia da paralisação geral, a classe trabalhadora faz um esquenta até o dia 28 com diversos atos de mobilização em todo o país, com panfletagem convocando a todas as categorias a aderirem ao protesto pelos direitos trabalhistas e a aposentadoria.
São atos, manifestações, assembleias, todos os dias por todo o país! Acompanhe o Esquenta #GreveGeral ✊✊✊ https://t.co/CHcsvwaSN4
— CUT Brasil (@CUT_Brasil) 24 de abril de 2017