“As defesas de mísseis na região Ásia-Pacífico, criadas pelos Estados Unidos e seus aliados, agravam ainda mais o confronto militar e político entre a Coreia do Norte, por um lado, e os Estados Unidos com a República da Coréia, por outro”, afirmou Cai Jun durante a VI Conferência Internacional de Segurança, em Moscou.
Segundo o general chinês, isso “aumenta a incerteza da situação” e a “possibilidade de um agravamento do conflito”. “E vai contra os esforços feitos pela ONU e pela comunidade internacional para resolver os problemas por meio do diálogo político”, completou.
O posicionamento chinês foi reforçado pelo que disse o ministro de Relações Exteriores do país, Wang Yi. A autoridade reforçou a mensagem de Pequim para que sejam concluídos os exercícios militares entre as Marinhas dos EUA e da Coreia do Sul na região, o que ajudaria a acalmar as tensões com Pyongyang.
De acordo com Wang Yi, a insistência norte-coreana em prosseguir com testes nucleares é uma “clara violação das resoluções da ONU”, mas que os exercícios militares persistentes ao redor da península “não representam também o espírito das resoluções”.
O ministro chinês avaliou que a segurança e estabilidade na área “estão muito frágeis no momento e que o risco é grande de um novo conflito ser desencadeado a qualquer momento”.