A proposta de Cruz foi intitulada o “Ato El Chapo”, que defende a “garantia de cobrança legal de ativos ocultos para fornecer ordem”.
“O projeto de lei reservaria quaisquer valores perdidos para o governo dos EUA como resultado do processo criminal de 'El Chapo' e outros senhores da droga para ativos de segurança nas fronteiras e a conclusão do muro ao longo da fronteira EUA-México”, pontua um comunicado divulgado pelo gabinete do senador.
Cruz duelou com Trump pela indicação para a eleição presidencial norte-americana, mas acabou derrotado nas primárias internas. Como apoiador do presidente, ele disse que os US$ 14 bilhões que, estima-se, o cartel de Sinaloa lucrou com seus crimes seria possível erguer o muro, que gerou controvérsia nesta semana na discussão da nova lei orçamentária do país.
“Os US$ 14 bilhões seriam mais do que suficientes para a construção do muro que manterá os EUA seguros e estancará o fluxo ilegal de drogas, armas e indivíduos através de nossa fronteira sul”, declarou Cruz à rede norte-americana Fox.
Contudo, o valor difere dos mais de R$ 20 bilhões estimados para a construção do muro na fronteira com o México, e isso sem considerar os custos de manutenção da obra. Trump fez a promessa durante a sua campanha e enfrenta grandes dificuldades para torna-la uma realidade.
O presidente norte-americano garantiu em mais de uma oportunidade que o México irá “reembolsar” os EUA de alguma forma, o que foi veementemente negado pelo presidente mexicano Enrique Peña Nieto.
Atualmente, El Chapo está preso em Nova Iorque, após ter sido extraditado pelas autoridades mexicanas em janeiro deste ano. Ele já foi sentenciado a prisão perpétua no país pelos seus crimes ligados ao narcotráfico. Estima-se que o cartel de Sinaloa seja responsável pelas maiores parcelas de cocaína, heroína e maconha que chegam aos Estados Unidos.