Lembramos que no início de abril o conselho permanente da OEA aprovou uma resolução sobre as violações graves à democracia na Venezuela. O documento exige que Maduro restitua todos os poderes da assembleia nacional, onde a oposição tem a maioria.
O diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e Sociais da Academia Russa de Economia e Serviço Público junto do presidente da Rússia, Aleksandr Chichin, partilhou suas ideias em uma entrevista ao serviço russo da rádio Sputnik.
O especialista considera que a saída da Venezuela desta organização era apenas uma questão de tempo, porque as ilusões da Venezuela sobre a independência dos países-membros da OEA e sobre a não ingerência nos assuntos inteiros se dissiparam. "A sede da organização está localizada em Washington, por isso é claro de onde vêm as iniciativas."
Ao mesmo tempo, o especialista frisou que nem todo o povo da Venezuela está contra o seu presidente, como está sendo apresentado na Organização dos Estados Americanos.
O que vai perder a Venezuela?
Sem dúvida, segundo o especialista, que o clima político se tornará mais desfavorável, o país vai perder posições na classificação de riscos financeiros e será mais difícil atrair investimentos. Chichin disse que, caso a comunidade internacional decida ajudar a democracia no país, serão possíveis várias medidas – econômicas, políticas e mesmo militares.
O que a Organização dos Estados Americanos vai perder?
O especialista pensa que a organização está seguindo um plano para expulsar todo o bloco bolivariano, países como a Nicarágua ou Bolívia são os próximos nesta lista.
"O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, já está sendo pressionado de todos os lados e seu país será o próximo a ser expulso", disse Chichin.
Todo o bloco de países socialistas e de orientação popular está vivendo um período muito difícil. Estes países parecem campos militares assediados, para os quais não há lugar nas organizações mundiais.