Em entrevista à Sputnik Brasil, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, diz que a expectativa é imensa, na medida em que estudantes de todo o país se empenharam na preparação da greve geral não só em assembleias nas universidades, mas também nas sedes das categorias que vão parar. Ainda assim, a dirigente mostra uma certa preocupação com a segurança dos manifestantes, principalmente em São Paulo.
"A gente precisa se manter em segurança, não aceitar provocação, mas pelas informações que temos recebido a polícia vem muito armada para essa greve, o que é um absurdo."
Carina ressalta a importância da adesão de alunos, pais e professores nos protestos desta sexta-feira.
"O papel da educação é muito grande. São professores estaduais, das escolas particulares, universidades públicas que podem dar uma grande contribuição para a greve geral. É uma coisa que não está só no movimento organizado, ganhou o povo", diz Carina, citando como exemplo as críticas que surgiram após a aprovação, na madrugada desta quinta-feira, na Câmara, da reforma das leis trabalhistas.
"Ficou claro que o Congresso Nacional está comprometido em acabar com direitos, e só a luta pode arrefecer isso na reforma da Previdência", conclui a líder estudantil.