O porta-aviões Shtorm será construído aproximadamente em 2025, opina Valery Polovinkin, conselheiro do diretor-geral do centro cientifico estatal Krylov.
"Sou um otimista e penso que podemos ver alguma coisa perto de 2025. O navio tem um período muito longo de elaboração, desde o momento de surgimento da ideia até ao momento de sua realização passam no mínimo 7-10 anos, e os modelos de armamento, especialmente os novos, muito mais – até 15 anos", disse Valery Polovinkin aos jornalistas.
Ele lembrou que o centro cientifico estatal Krylov elaborou o projeto preliminar do porta-aviões Shtorm.
"Foram usadas as ideias mais modernas em hidrodinâmica, energética, etc. Por exemplo, foi elaborado um casco que permite diminuir a resistência ao movimento até 20%. Foi definida a quantidade de aeronaves, etc. Maquetes deste porta-aviões foram exibidas repetidamente em exposições", destacou o especialista.
Anteriormente, o jornal The Independent informou que Moscou pretende construir "o maior porta-aviões do mundo" para concorrer com os navios americanos deste tipo.
Segundo notou o jornal, as características técnicas do navio russo são parecidas com as características dos porta-aviões americanos da classe Nimitz.
O especialista do Centro de Conjuntura Estratégica Oleg Ponomarenko sublinhou no ar do serviço russo da Rádio Sputnik que considera como incorreta a possível concorrência do porta-aviões russo com seus análogos americanos.
"Não é correto dizer que nós vamos ‘competir’ com os americanos. Se tivermos necessidade deste navio em um ou dois exemplares – temos que os construir independentemente daquilo que quisermos contrapor aos americanos. Falando sobre a semelhança com o Nimitz, posso dizer que o Shtorm é um aeródromo flutuante com determinadas dimensões e determinada quantidade de aviões. É realmente parecido com a concepção americana. Mas se ela racional, isso não seria estranho", apontou o especialista.
Ele contou em que casos a Rússia poderia utilizar o porta-aviões.
"Olhemos alguns exemplos de utilização de porta-aviões pelos americanos. Iraque, ano de 2003. Os americanos tinham problemas de acessibilidade a partir das bases aéreas, e cinco porta-aviões foram utilizados na fase inicial da operação. Em 2014, combatendo contra o Daesh (o grupo terrorista proibido na Rússia e nos outros países), os americanos transferiram em um dia o porta-aviões George Bush, e durante 50 dias atacaram apenas a partir de bordo deste navio. Podemos usar o porta-aviões se, por exemplo, a base aérea em Hmeymim estiver inacessível. Neste caso, um porta-aviões grande seria indispensável. Ele poderia substituir o grupo de aviões que se baseia em Hmeymim", concluiu Oleg Ponomarenko.