De acordo com os documentos obtidos pela agência Sputnik, a Rússia propôs a criação de quatro zonas seguras: uma na província de Idlib, uma segunda ao norte da cidade de Homs, uma terceira no Ghouta oriental e uma quarta no sul da Síria. Em 3 de maio, uma fonte de uma das delegações das negociações de Astana revelou à Sputnik que o documento sobre as zonas de segurança na Síria entraria em vigor 24 horas após sua assinatura. A determinação das fronteiras, no entanto, pode levar duas semanas após a assinatura, período durante o qual a Rússia poderá enviar a sua polícia militar para garantir a ordem nessas zonas.
O legislador russo afirmou os Estados Unidos e seus aliados tentam impedir a criação das zonas de segurança.
"Mas se [a decisão sobre o estabelecimento das zonas de segurança] for tomada, não descarto a possibilidade de haver a necessidade de aumentar o número de nossa polícia militar lá [em zonas de segurança], para garantir o processo de paz e a ordem nestas áreas", concluiu Klintsevich, observando que a medida estaria em conformidade com o decreto do Conselho da Federação Russa sobre o uso das forças armadas na Síria, aprovado em setembro de 2015.
A nova rodada das conversações de Astana, que reúne os lados do conflito sírio — Damasco e a oposição armada —, bem como três Estados mediadores do cessar-fogo (Rússia, Irã e Turquia), teve início nesta quarta-feira.
As três primeiras rodadas de negociações sírias em Astana foram realizadas em 23 e 24 de janeiro, 15 e 16 de fevereiro e 14 e 15 de março. Durante esses encontros, os participantes concordaram, entre outros pontos, em criar um grupo de monitoramento do cessar-fogo no país árabe.