"A ex-secretário de Estado está construindo um novo grupo político para financiar organizações que trabalham na resistência à agenda do presidente Donald Trump, passando as últimas semanas em Washington, Nova York e Chappaqua, NY, encontrando-se com doadores e grupos potenciais de investimento e recrutando indivíduos para o conselho de administração do grupo", escreveu o Politico nesta sexta-feira citando várias fontes com o conhecimento do assunto.
"Estou certo de que Trump vai estragar (as coisas) o suficiente para que, no outono de 18, os números de Hillary voltem a subir", disse o ex-governador da Pensilvânia e presidente dos Democratas, Ed Rendell, ao Politico apenas alguns dias após a posse de Trump.
Curiosamente, em meados de março, o editor-chefe da WikiLeaks, Julian Assange, twittou que a ex-candidata presidencial democrata estaria tramando o impeachment de Trump, substituindo-o pelo vice, Mike Pence.
Clinton stated privately this month that she is quietly pushing for a Pence takeover. She stated that Pence is predictable hence defeatable.
— Julian Assange (@JulianAssange) 14 de março de 2017
Clinton teria declarado privadamente que Pence é previsível, portanto, derrotável, Assange twittou.
"Gostaria de pensar que o cenário de 'House of Cards' sugerido por Assange e outros está longe de ser viável, embora eu não tenha dúvidas de que muitos membros do establishment democratas e republicanos, na mídia, na Academia e na burocracia governamental ficariam encantados em derrotar o presidente Trump, de uma forma ou de outra", disse Ortel ao Sputnik.
A previsão de Ortel mostrou-se correta: como o jornalista russo Viktor Marakhovsky observou em seu recente editorial para a RIA Novosti, uma "guerra civil fria" encoberta está em andamento entre o governo Trump e o establishment político e de mídia dos EUA.
Além disso, durante sua última entrevista com a apresentadora da CNN, Christiane Amanpour em um evento Women for Women, Hillary Clinton culpou o diretor do FBI James Comey e os tais "hackers russos" pela derrota na corrida presidencial, chamando a vitória de Trump de "meramente acidental".
"Se a eleição tivesse sido no dia 27 de outubro, eu seria sua presidente", insistiu Clinton.
O The Washington Times comentou sobre a nova empreitada de Hillary.
"Hillary Clinton, após uma pausa de seis meses na vida pública, está surgindo para liderar um grupo de resistência, 'Onward Together', que visa inteiramente eliminar as políticas do presidente Donald Trump e derrubar a agenda republicana. Você pode dizer Fundação Clinton, deja vu?' ", escreveu Chumley.
Segundo o jornal, Clinton está chamando a iniciativa de "tomada de fundos políticos".
"A Fundação Clinton também era uma operação de angariação de fundos — supostamente, para financiar programas que 'melhorassem a vida das pessoas em todo o mundo', como diz o site, mas como muitas vezes acontece quando os Clinton se encontram com o dinheiro, as boas intenções correm mal", acrescentou Chumley.