Em maio de 2009, Guido foi vítima de uma contusão na nuca que gerou desmaio e afogamento, enquanto surfava, na praia do Recreio dos Bandeirantes. Agora, oito anos após sua morte, Guido está mais perto de ser reconhecido como santo. O processo de beatificação de Guido foi aberto em 17 de janeiro de 2015 e está na quarta e última fase.
"Desde o pequeno [Guido] amava a vida, quando pequeno queria ser salva vidas, ele amava o mar. Quando adolescente quis ser médico, quando jovem quis ser padre. Sempre quis salvar vidas", conta Jorjão.
O vigário paroquial, Padre Jorge, mais conhecido como Padre Jorjão, da Igreja Nossa Senhora da Paz, conheceu e conviveu com o Guido Schäffer e escreveu um livro sobre ele e tem participado de perto desse processo dele se tornar o próximo santo brasileiro.
Jorjão conta que os milagres realizados por Guido estão sob "sigilo pontifício", ainda assim "há várias graças alcançadas, como de um rapaz que veio à missa que foi desenganado pelos médicos". O documento entregue pela Cúria carioca ao Vaticano para pedir sua beatificação tem 20 mil e relata centenas de milagres.
"O Guido era um rapaz normal da zona sul, de classe média-alta, ele amava a vida e gostava de música, de rock, um rapaz que amava a natureza. Ele liderava os jovens."
Os relatos de milagres de cura realizados por Guido Schäffer já ocupam cerca de 15 livros com testemunhos de fiéis da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na Zona Sul carioca, onde estão guardados os restos mortais do seminarista e que são visitados constantemente pelos fiéis.
"Os médicos muitas vezes o procuravam para se aconselhar. Professores, muitas vezes agnósticos, conversavam com ele e se convertiam. Ele curava as pessoas e a fé delas também"
Independentemente do resultado do processo de santificação do rapaz, um memorial será montado com relíquias do jovem no Hospital Santa Casa, onde o médico trabalhava.